terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Hey cara!


Hey.
Beba um pedaço de alguém.
Entre em tranze profundo.
Sinta o gosto amargo
da dor,do odio,do amor.

Hey.
Não ouça o que ela tem pra dizer.
Ela só quer pirar você.
Ela acha que sabe onde é o seu lugar.
A verdade é fria e crua.

Hey.
talvez você acorde amanha
ou talvez não acorde.
você ouve alguém la fora?
não há ninguém por lá.

Hey.
Você esta confuso?
Sua imaginaçao está além.
Além do céu e do mar.

Hey cara!
deitado na mesa do bar.
Amanheceu.
e foi um sonho.

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Ao anoitecer



É a hora em que sinto o vento me tocar,
mas não há vento lá fora;
talvez tenha aves da noite,
o sono de uma criança,
o choro de uma mal amada,gritos,
arrepios,pessoas aflitas nas ruas,
trágicos acidentes na estrada,
segredos no escuro;
é nessa hora que tenho medo.

É a hora que o gato passa na janela lá fora,
mas não a gatos por volta.
Só a angustia da partida,
lágrimas escorrendo no segundo quarteirão.
É nessa hora que tenho medo.

É na hora do descanso,
que vem tarde,
pois meu corpo não se cansa,
mesmo depois de tanto rolar.
Eu peço, paz.
Me encontro dentro de um poço
escuro,sujo e quieto.
É nessa hora que tenho medo.

É na hora frágil,
Agasalhada, onde vejo a sombra e sinto silêncio.
Me pergunto... o que tem lá fora?
É nessa hora, antes mesmo de pegar no sono.
Onde a noite se cala,vejo meu futuro,sinto meu presente
e apago meu passado.
É nessa hora,que sinto este alívio no coração.

sábado, 12 de dezembro de 2009

Não vale a pena



Não vale a pena reconstruir com poemas
o castelo que o vento levou.
Fazer das felizes lembranças
um livro de fantasia que você inventou.

Teu sonhar impossível
o amar inesquecível
o clamar da paixão
são agora o que te resta,
Ilusão.

Não vale a pena pedir com gestos
o amor que acabou.
Apagando tristes lembranças
do livro que lhe restou.

Teu sorriso triste
o amor que resiste,
o clamar pela compaixão
são gritos frios
em meu coração.

Das águas



É a água caindo no fim da ladeira.
É a agua que vem e que vai da minha torneira.
É a água chovendo e derrubando beira.
É das águas da terra que bebo a vida inteira.

...


O que faz de um poema bonito,
do mar infinito
e do céu azul anil.

O que faz do amor ser sincero,
da paixão um mistério
e do beijo um sabor indefinido.

Se eu misturasse tudo
e distribuísse pro mundo
tudo isso que o universo pode dar.
O que restaria pra mim?

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Casa no campo


Eu quero uma casa no campo.
Onde eu possa esquecer a minha armagura.
E ter a certeza
de que nunca mais vai voltar.

Eu quero flores e borboletas.
Colorindo minhas lágrimas
que caem aos poucos no chão.

Eu quero o silêncio da vida.
Eu quero a esperança da alegria.
E um ar mais puro para respirar.
Eu quero esquecer das coisas que ouvi
e do olhar agonizante de meu pai.

Eu quero sim,essa casa no campo,
pra cultivar a alegria que não tive
ao lado do ombro que se diz amigo,
mas não passou de dor e maldade.

Quero esquecer essas lembranças
e nada mais.

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Jardim do Emérito III


Das crianças os mesmos rostos.
Das vozes os mesmos sons.
Das brincadeiras,momentos bons.
Das amizades, a esperança.
De adulto a ser criança.
Dos brinquedos as mesmas intençoes.
Das mães a atençao
pelas crianças que vem e vão.
Do verde a beleza
e ao redor a natureza.
Tudo se torna poesia,entao.

Jardim do Emérito II


As folhas aqui são tão bonitas
impossiveis de descrever.
Apesar das luzes quebradas,
daqui posso tudo ver.
Eu venho sempre me sentar ao lado dessa arvore,
que aparenta viver aqui ha anos.
Eu venho sempre me sentar no mesmo banco,
onde o sol da manha o-ilumina.
Eu sempre reparo as mesmas casas,
onde o ambiente muda a cada dia.
Sempre olho as mesmas pessoas,
que vivem um poema.
Só não ouço o mesmo som dos passaros,
que surgem de longe.

Eu descrevo sobre esta escola,
que esta cercada de verde.
Eu olho,sim,a mesma paisagem,
pois conforta a minha mente.

4 de março de 2007- Jardim do Emérito


A natureza me cerca.
Os sons não me cansam os ouvidos.
e a paisagem é um castigo.
Se a minha volta vejo animais,
ao redor só encontro abrigos.
Mas a paisagem,ah! a paisagem, ainda me acalma
e faz deste lugar especial.
Passo horas a sentar-me aqui.
Pra pensar na vida
e saber se quero um amor.
Nunca vim chorar aqui.
Pelo contrário o jardim só me traz sorrisos
O que parece ser mentira,vira verdade
e o que não é real,se torna realidade.

Os únicos sons que me incomodam, é o do homem,
pois a natureza se encontra dentro de mim.

E eu amo esse lugar,
como essas crianças que amam doce.
E eu amo esse lugar,
como esse macaquinho que dorme aqui.
E eu simplesmente amo este lugar,
pois eu escrevo meus dias que vivi.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Para May :D


De guache vermelho
uma índia eu posso ser.
Com o lápis azul
um céu só seu eu posso fazer.
De naquim
os detalhes eu posso reforçar.

De lápis
um desenho posso começar.
Com idéias
eu posso criar
coisas que a borracha não vai apagar.

Nada?talvez...


Eu queria definir o nada
Como? Não sei
Digamos que agora
Eu esteja olhando o nada,
Mas não ha como olhar o nada
Tem sempre alguma coisa em nossa vista
Não tem como não fazer nada
Pois provavelmente ou voce estará dormindo
E assim lhe dirão que não esta fazendo nada,
Mas voce esta dormindo certo?
Bom eu diria que nada
É um vazio
Um nada mesmo
Quando alguém não sabe a importância
Daquilo que faço
Ela simplesmente diz que estou fazendo nada
Por isso que o nada existe
Talvez seja pra fazer de mim
Alguém que aparenta ser inútil na sociedade

Olhando ao redor


O vento vem.
Passa folha e a criançada.
Passamos sem pressa pra nada
E a velhinha ali nos vê
Passa dia e passa tempo
E ela não para de viver
Passa carro,passa cunhada
E a alegria de viver
A velinha ali sentada
Não se cansa de ver,
Pois na cadeira sentada
Não pode ver o neto crescer

...


Às vezes penso e viajo para um mundo bem distante
Às vezes amo com cuidado e deixo lagrimas pelo chão
Às vezes ouço e finjo não ouvir deixando palavras perdidas no ar
Às vezes falo com muita pressa e me perco sem me entender
Às vezes te encontro quase sempre,porque a minha vida é ter você...

Sonhando...


Te olho nos olhos
e tu me olhastes.
Lembro me de ti a todo tempo instante
E penso se de mim lembrastes
Te beijo no poema,
Porque tu não me beijastes
Te quero nas palavras
E te espero nos meus encontros
Te desejo em momentos
Nada alem pra ti, tais pensamentos
Vivo sonhos bobos sempre te querendo.
Se pensar em mim estarei vivendo.

Será que sei?


Ás vezes não sei o que quero.
O que sinto?
O que desejo?
O que espero?
Não sei se é pra lá ou cá.
Se vou voando, brincando ou de trem
Só sei que espero
Quero, fico e ainda nada sinto.
Será que escrevo, desejo ou canto.
Só sei que santo eu nunca vi
Ouvi e senti.
Então eu canto.
Volto tudo, deixo o mundo.
Desenho e escrevo
E nada entendo.
Mas sei que lá bem no fundo
Tudo tem um sentido profundo.
Ai eu quero, me desespero
Já nada sinto e volto a dormir

Nas caixas do porão


Promessas guardadas nas caixas do porão
Feridas abertas,derramadas em vão
Fui de frente
E encontrei você aqui
Depois dos anos que passaram
Os ponteiros do relógio não sabem a direção
Portas trancadas esperando
A chave que perdi
Não.
Nem mesmo sei onde estou
Se o tempo passa la fora
Se sou a única neste lugar
Fui em frente
E você não estava mais aqui
Quis por nos caminhar cada vez mais
Mas so encontrei as caixas no porão
Tentei fugir mas não sabia pra onde ir
O tempo que perdi não sei se volta
Pois eu nem sei que horas foram
E que horas virão